APOTEOSE
Como em delírio de flor surjo apoteótica
Na inerte manhã reversa
Filha do meu próprio ventre...
Entre um repente real
E o resto em possibilidades
Brinco de plantar belezas...
Encanto pássaros e abelhas
E longe do muro escudo
Permito a contemplação...
Aos passantes sem destinos
Esteja o sol posto ou à pino
A cantar a fiel canção...
Tempo escasso ou contratempo
Navegando contra o vento
Sempre banco o meu festim...
E ante o amanhã possível,
Ou lacuna entre a paisagem
Não pago ágio nem grito...
Por capricho o chão rabisco...
Planto ao rastro o que se deu...
Um pouco do que fui eu...
Ana Maria Gazzaneo
Como em delírio de flor surjo apoteótica
Na inerte manhã reversa
Filha do meu próprio ventre...
Entre um repente real
E o resto em possibilidades
Brinco de plantar belezas...
Encanto pássaros e abelhas
E longe do muro escudo
Permito a contemplação...
Aos passantes sem destinos
Esteja o sol posto ou à pino
A cantar a fiel canção...
Tempo escasso ou contratempo
Navegando contra o vento
Sempre banco o meu festim...
E ante o amanhã possível,
Ou lacuna entre a paisagem
Não pago ágio nem grito...
Por capricho o chão rabisco...
Planto ao rastro o que se deu...
Um pouco do que fui eu...
Ana Maria Gazzaneo